Sobre o escrever

Sobre o escrever

Ouvindo uma música hoje, comecei a  pensar sobre como os textos são influenciados pelos momentos, se é que são.

Até que ponto, aquilo que escrevemos é um reflexo do momento que estamos? Será que os textos tristes surgem dos momentos de tristezas? Os alegres nos momentos de alegria e assim por diante?

Penso que às vezes sim e às vezes não.

Nos casos que sim, penso que o texto traz consigo um relance daquele que escreve. Não que através do texto se perceba como o outro está, mas o texto em si traz certas revelações consigo.

Através dele, é capaz de sondar, mesmo que por inferência, o que está no coração do escritor. Esses textos, penso que é a forma do escritor de externar o que sente: seja alegria, seja tristeza.

Nesses textos o que se busca talvez seja dizer o indizível. Trazer nas entrelinhas do texto, aquilo que há no profundo da alma.

Digo também que não, pois já escrevi textos me colocando no lugar de outro que sofre ou que pensa e assim conseguir externar não o que eu mesmo sentia, antes, aquilo que outro queria dizer, e assim, não era o relance de quem escrevia, simplesmente a personificação de outro que não escreve.

Penso com isso que o escritor pode trazer o que quiser trazer. Traz aquele que sofre, como aquele que vibra; o que sente desesperadamente, o que nada quer saber sobre a vida.

O escritor, dessa forma se torna o criador de sentimentos e emoções. Seja através de seus próprios sentimentos externados entre as linhas, seja através de seu pensamento que cria as histórias que parecem ser tão reais.

E assim, o escritor se torna criador de sonhos, manifestador de sentimentos, incentivador de pensamentos, libertador de mundos.

Felizes os que conseguem fazer da arte de escrever uma ponte para uma vida mais feliz

Pensemos…

Fabrício Veliq
22.01.11 – 00:00

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