Palavras… Algo que você me fez pensar

Palavras… Algo que você me fez pensar

Palavras escritas são minhas amigas. Sempre que nos encontramos pelos diversos papéis e telas em que estão temos muito a conversar. E geralmente são boas trocas de idéias.
O problema dessa intimidade com as palavras escritas é que nos acostumamos a escrevê-las e a encontrá-las somente nos lugares que geralmente as vemos com mais frequência.
Quando isso acontece, as vezes começamos a achar que todos são amigos delas e conversamos com essas pessoas como conversamos com as palavras, ou seja, escrevendo. Isso acontecendo nos tornamos inintendível para muitos e pouco reveladores para aqueles a quem queremos revelar-nos.
Talvez porque palavras escritas são como agentes secretos em nossos relacionamentos. Somente quem as enviam sabem realmente o que gostaria que as mesmas fizessem.
Gostaria de ser amigo dos meus olhos assim como sou das palavras escritas. Se assim o fosse, a intimidade com as pessoas que queremos ficaria mais fácil. Tenho aprendido que olhos revelam mais que textos e que a palavra dita é muito melhor que a palavra escrita em muitos casos.
Percebo que agora, preciso de fazer amizade com as palavras faladas. Ficar mais próximo delas e desenvolver uma intimidade tamanha que elas me entendam e eu as entenda também.
Não digo que quero deixar minha amizade com as palavras escritas de lado. Afinal, já há quase 2 anos de convívio intenso com elas. Somente percebo que preciso de amizade com uma nova classe dessas palavras que são as faladas.
Sei que não será tão fácil assim. Afinal, todo início de relacionamento é um profundo conhecer-se e fazer-se conhecido para o outro e isso exige tempo e disposição.
O bom das palavras é que elas estão sempre dispostas a serem nossas amigas: sejam as escritas, sejam as faladas. A única coisa que precisamos é estar dispostos também a conviver com elas sem medo de deixá-las mostrar-nos  por elas mesmas para os outros.
E assim, espero que as palavras faladas sejam também minhas amigas. Uma vez sendo, terei as duas classes como companheiras. E quem sabe, poderemos marcar um dia para sairmos juntos e perceber que, no final das contas, as duas classes também procuravam um novo amigo…

Fabrício Veliq
11.08.2010 – 08:20

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