Deus escreve rascunhos?

Deus escreve rascunhos?

No último domingo estava no culto sentado no mesmo banco de minha grande amiga Lisa, pessoa divertidíssima e que tem ótimos questionamentos.
Estávamos ouvindo a pregação, quando o pastor disse algo que chamou a atenção da Lisa. Ele disse: “Deus quer escrever uma nova história na sua vida”. Lisa, vira pra mim e diz: “Toda vez escuto que Deus tem uma nova história pra escrever na minha vida. Se ele sempre quer escrever uma nova história, então nunca termina uma”.
Daí comentei pra ela e comecei a pensar: Será que Deus escreve rascunhos?
Postei essa frase no meu msn e recebi diversos comentários. Alguns falando que sim, outros falando que não e por aí vai. Todos me perguntavam qual era minha opinião sobre o assunto.
Depois de pensar sobre isso, decidi escrever esse texto.
Não penso que Deus escreva rascunhos. Acredito que Deus escreveu sim uma história para nós, que Ele tem um plano para nossa vida (Se quisermos ser embasados biblicamente, o Salmo 139 serve para isso) e que cabe a nós aceitar esse plano ou não.
Não penso que Deus fica reescrevendo histórias a torto e a direita.
Na verdade, penso que nossa história é sempre fruto das decisões que tomamos no dia-a-dia. Se essas decisões forem boas decisões, teremos uma boa história. Do contrário, uma má história.
Gosto de pensar na idéia de um pai que planeja o futuro de seu filho. Ele tem traçado na sua cabeça uma história para ele. Que tipo de pessoa vai ser, que vai ser feliz, vai ser alguém de caráter, fazer diferença no mundo e n outras coisas que passa na cabeça de um bom pai que pensa no seu filho.
Ao filho, por sua vez, cabe simplesmente fazer suas escolhas. Se as escolhas baterem com as do pai, o pai se alegra em ver seu filho feliz como tinha planejado. Do contrário, se o pai percebe o filho indo por caminhos esquisitos, alerta, mas nunca interfere nas suas decisões.
Penso Deus como esse pai e sua história escrita como essa. Por isso que não penso que há rascunhos, há uma história e como sempre, Deus nos dá o prazer e o direito de escolher.
Isso que me fez pensar um simples comentário na hora do culto.

Pensemos…

Fabrício Veliq
27.06.10 – 00:37

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