Hoje ouvi minha lapiseira

Hoje ouvi minha lapiseira

E uma lapiseira se coloca sobre o papel desejando escrever
imagine que essa pensa, o que será que tem a dizer?

Decidi parar para ouví-la e assim ouvi sem lamúrio,
pedi para que a registrasse para mim e pude assim entender seu mundo.

Eis o que escreveu para mim:

” De que adianta a vontade de escrever quando as palavras não vem à mente?

Será que elas ficam presas em algum lugar em nós aguardando que alguma situação as liberte?

E será que ao ser liberta corre livremente para todos os lugares esperando alguém que a receba e faça dela sentido para si?

E se assim o for, há libertadores específicos para palavras específicas?

O que libertará as palavras de dor? e as de amor?
O que liberta as palavras de esperança? Será o mesmo que liberta as palavras da fé?

As palavras que encontra o alguém, será que o alguém a encontra também?

Oh palavras que anseiam encontrar
alguém que para si lhes dará sentido
Fazendo consigo versos singelos
para que nos corações encontrem abrigo

Lindas libertadoras
que nos sentimentos encontram seu lugar
Felizes aqueles que as escreve
conseguindo os mesmos externar…”

E depois disso, a lapiseira se foi
e em seu estojo resolveu descansar
deixou comigo em suas palavras
algo para que eu pudesse pensar..

Fabrício Veliq
25.05.2010 – 10:11

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