sobre o para que nascemos

sobre o para que nascemos

Conversava outro dia minha grande amiga Renatíssima sobre o achar aquilo que te faz feliz. Conheço diversas pessoas que já encontraram isso. Aquela sensação de que “poxa vida, não me vejo fazendo outra coisa que me dê tanto prazer quanto fazer isso que eu faço”.

Acho interessante essas pessoas que acharam. Digo isso, pois ao encontrarmos o que nos motiva, o que nos impulsiona, a vida fica mais prazerosa.

Há pouco tempo, li uma chamada de um livro que dizia: As duas datas mais importantes na vida do homem são:  a primeira é a data que nasceu, a segunda a data em que descobre para que ele nasceu. Como sou protestante, não me refiro aqui à forma simplista de dizer que nascemos para glorificar a Deus e isso resume tudo. Não falo desse tipo de pra que nascemos, antes essa descoberta de qual talento possuímos e do que fazemos de melhor.

Ao descobrirmos isso, não importa o tempo que gastamos trabalhando em alguma coisa, se dormimos tarde para fazer uma pesquisa, se temos que ler livros gigantes para conhecimento maior de alguma coisa. Não digo que não seja cansativo, antes, que o prazer em fazê-lo não se compara ao gasto de energia que isso demanda.

Outro ponto que acho interessante é que, geralmente as pessoas de fora percebem que encaixamos naquilo que escolhemos fazer. Sempre há falas do tipo: “Poxa vida, isso tem tudo a ver com você”. Acredito ser as opiniões dos de fora, uma boa dica sobre se estamos no caminho certo. Não digo que devamos seguir a tudo que as pessoas falam e acreditar em tudo que as mesmas dizem, mas as considerações dos de fora são importantes, pois como diz um amigo meu: “Todos precisam de um alguém que o incentive e uma cigana que o desengane”.

Felizes esses que encontram o para que nasceram, os que descobrem o que faz seus olhos brilharem, os que encontram algo porquê morreriam.

Rilke, em seu livro Uma carta a um jovem poeta, respondendo à pergunta do jovem poeta sobre o que escrevera, diz (de forma parafraseada): procura qual a razão pela qual você escreve. Pense se você conseguiria ficar sem escrever. Se não conseguir, então escreva.

Acredito que isso resume bem o que quero dizer com essa reflexão.

Tenho procurado isso para mim. No dia em que achar, todos com certeza saberão e dirão também.

Aos que acharam, parabéns
Aos que não acharam, mantenham a busca
Aos que nunca pensaram sobre isso e estão simplesmente seguindo, pensem nisso

In Jesus

Fabrício Veliq
04.10.09 11:34

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